sábado, 23 de julho de 2011

O planejamento pedagógico na educação infantil

O planejamento pedagógico na educação infantil

A Educação Infantil é apresentada na atual legislação brasileira como a primeira etapa da educação básica, onde a prática pedagógica deve favorecer a construção do conhecimento das crianças de 0 a 6 anos de idade.
O Planejamento frente as Diferentes Pedagogias
O estudo das diferentes pedagogias constata a existência de um conjunto de influências teórico-metodológicas permeando a construção das propostas curriculares, ao longo da história da escola. Conforme Libâneo (2002), estas tendências pedagógicas, que se têm estabelecido nas escolas através das ações educativas dos professores, classificam-se em pedagogia liberal e pedagogia progressista. Nas pedagogias liberais, a escola é tida como instrumento de preparação dos indivíduos para a sociedade. Nesse grupo, encontram-se a tendência tradicional, a tendência renovada progressivista, a tendência renovada não-diretiva e a tendência tecnicista. Na tendência tradicional, o professor era o total responsável pelo planejamento, não considerando nem os interesses nem as necessidades da criança, consolidando-se uma prática pedagógica voltada para a construção da moralidade, para o cuidado com a higiene e para o treinamento de habilidades, através das Unidades Didáticas.
A tendência progressivista contemplava: a globalização, o interesse e a participação dos alunos, onde os conteúdos escolares foram organizados em torno de um Centro de Interesse. Na tendência renovada não-diretiva, a escola era responsável pela formação de atitudes no indivíduo, onde a educação estava centrada no aluno. Este buscava por si mesmo os conhecimentos. Já no enfoque educacional tecnicista, o planejamento didático era formal e previamente elaborado, introduzindo no ensino uma pedagogia comportamental. Visando a aquisição de habilidades, atitudes e técnicas específicas. Dentro das pedagogias progressistas, que fomentava a transformação da sociedade através da análise crítica da realidade, destacaram-se a tendência libertadora, a tendência libertária e a tendência crítico social dos conteúdos.
A tendência libertadora ou método de Paulo Freire abordou os Temas Geradores como forma de planejamento. Com concepções epistemológicas semelhantes ao planejamento por temas geradores, encontram-se outras formas de definir o currículo, difundidos como Rede Temática ou Complexo Temático. Tais definições partem do levantamento da realidade local, onde a escola está inserida. Outra tendência progressista que partia da análise crítica da realidade social era a escola libertária, a qual se inseria num projeto de modificação da sociedade, como instrumento de resistência contra a burocracia. Os conteúdos eram colocados à disposição do aluno, mas não era exigido, sendo o principal conhecimento adquirido aquele resultante das experiências grupais desenvolvidos pelos alunos através da auto-gestão.
E, finalmente, a tendência crítico-social dos conteúdos, assume os Projetos de Trabalho como forma de organizar o currículo, valorizando a escola como mediadora entre o aluno e o conhecimento. As diferentes maneiras de planejar o ensino abrangendo desde a listagem dos conteúdos da educação tradicional, passando pela organização das aprendizagens escolares em torno dos centros de interesse, no escolanovismo, ou ainda, questões interdisciplinares tratadas por temas geradores na pedagogia libertadora e, por fim, os projetos de trabalho têm sido difundidas ao longo da história.
Texto pesquisado p/Graziela Oliveira em:
*O PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Denise Dalpiaz Antunes (Mestranda/ PUCRS) Jussara Bernardi Hauschild (Mestranda/ PUCRS)

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